segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Mário Silva - 1/2 século


Mário Silva nasceu em 1929, em Coimbra, mas há décadas radicado na Figueira da Foz onde vive e trabalha na sua casa-atelier.

Reconhecido como um dos maiores artistas portugueses vivos e um espírito livre. Um artista excêntrico, obstinado, anárquico e contestatário. Nunca obedeceu a qualquer corrente. Assumiu um estilo independente e, não obstante, “conseguiu vingar”- o que, neste país, é obra.

“Nunca me quis autoplagiar, ficar amarrado a um estilo único. Muitos fazem-no, pela necessidade de vender quadros, eu aposto na diversidade de técnicas”, explica.

Relacionado com inúmeros artistas, homens de letras e cientistas, de múltiplas escolas e movimentos de todo o mundo, tem promovido a divulgação interdisciplinar da arte, em diálogo permanente com as gerações mais jovens.
O seu projecto é fazer da vida uma obra de arte.

Encontra-se no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz uma exposição(Mário Silva - 1/2 século | obra & vida Exposição Antológica), que engloba cerca de 300 trabalhos, alguns dos quais nunca estiveram expostos em Portugal, mas também esculturas, desenhos e outros elementos demonstrativos da sua obra.


Prestes a completar 80 anos de vida e 50 de carreira artistica, é sem dúvida "O maior/melhor figueirense vivo!".


Albúm Fotográfico


"Ficam sempre um pouco de perfume e alguns espinhos, nas mãos que oferecem rosas." (Guiné Bissau '89/91)






"Apenas recolho o que a Natureza me oferece."






" Assim está vivo, e assim está morto."









"Estampei-me de carro. Está ali para me lembrar que se conduzir não posso beber”






"Colagem"



"Se um dia acontecer for velho
pior se eu não chegar lá e se eu
esticasse aí pelos 50 (de enfarte)
mas um segundo antes um olhar antes
eu haver sinal de que me vou
eu não queria sentir tanto frio à
noite na cama quando eu
se põe a minha cabeça a emitir rúidos
próprios particulares da guerra
porque eu sei então que me transformo mal
acondicionada essa lâmina lembrança
e um polvo de gelo arrasta-se
pelos meus pés"

Pacheco '76



Mário Silva: o homem, o sonho e a obra

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